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Novos saques do PIS/Pasep não afetam caixa do BNDES, diz Dyogo

Governo estuda liberar retirada desses recursos para aquecer a economia

Dyogo Oliveira toma posse no BNDES - Mauro Pimentel/AFP

Novos saques do PIS/Pasep não devem trazer problemas ao fluxo de recursos do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), disse o presidente do banco, Dyogo Oliveira, nesta quinta-feira. O governo estuda liberar a retirada desses recursos por qualquer pessoa, independentemente de idade. A medida injetaria R$ 15 bilhões na economia. E o BNDES é o agente encarregado de fazer a gestão e aplicar esses recursos em programas de impacto social.

— A realidade é que temos visto que a velocidade desses saques tem sido bastante reduzida. A proposta é ampliar temporariamente a janela de saques para que se alcance os valores inicialmente previstos, em torno de R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões. Não vejo isso como um grande problema para o BNDES — disse após participação de evento do Banco Mundial em Washington, nos Estados Unidos.

O senador Lasier Martins (PSD-RS) apresentou uma proposta para permitir que todos os trabalhadores, independente da idade, possam sacar o PIS. A ideia é estimular a economia com R$ 15 bilhões adicionais. Na medida original do governo, o saque estaria disponível apenas para os trabalhadores com mais de 60 anos.

— O impacto dessa medida não depende só do governo, mas também da procura das pessoas. Não temos como saber como será a demanda — afirmou Martins.

O presidente disse ainda que o principal risco para a economia brasileira tem sido o fiscal, lembrando que a Rerforma da Previdência é importante para isso. No entanto, disse que com a volta do crescimento, isso atrairá mais investidores.

— Este ano será sem dúvida positivo para a economia brasileira. Isso impacta as perspectivas de investimentos. Ainda temos o nível de ociosidade elevado — disse.

Para ele, mesmo com as eleições o interesse no Brasil está mantido.

— Naturalmente o processo eleitoral traz mais incertezas para os investidores. Mas nós temos percebido que há uma confiança muito grande sobre a economia brasileira. Isso tem aparecido nas demandas — acrescentou.

BNDES QUER MAIOR CONTROLE DA ELETROPAULO

Oliveira também falou sobre a proposta de que o BNDES detenha o maior controle da Eletropaulo possível – independentemente de quem vá assumir a empresa de energia. O banco de fomento, por meio do BNDESPar, tem uma fatia de 18,73% na companhia.

— Nós não temos preferência do ponto de vista do proponente. O que o banco prefere é ter a maior valorização possível de seu patrimônio. Estamos avaliando as questões e vamos nos posicionar pelos meios normais — disse o presidente.

A Eletropaulo, maior distribuidora de energia do Brasil, está sendo disputada pela italiana Enel e pela Neoenergia, que é controlada pela espanhola Iberdola.

Na quarta-feira, a Enel fez uma proposta de oferta pública voluntária pela totalidade de ações da Eletropaulo, o que totalizaria R$ 4,7 bilhões (R$ 28 por ação). Já a proposta da Neoenergia, feita antes, era de R$ 25,51 por papel. Quem ganhar a disputa irá se transformar na maior empresa de distribuição de energia da América Latina.

Além do BNDESPar, a União detém 7,97% do capital da Eletropaulo. O outro principal acionista e a AES Brasil, com 16,84%.

— O banco está participando das discussões devido a sua participação no capital da empresa. Temos as informações das propostas e estamos acompanhando — finalizou.

FONTE: O Globo - Economia

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